Dr. Pedro Tràva

Difteria: sintomas, transmissão e prevenção

30 março, 2022

Placas esbranquiçadas nas amígdalas ou laringe, febre e calafrios podem ser sintomas da difteria. A doença, que pode ser prevenida por vacina, é também conhecida como “crupe”. Ela é causada pela bactéria Corynebacterium diphtheriae, que vive na boca, garganta e nariz da pessoa infectada e produz uma toxina que pode gerar graves complicações, como a insuficiência cardíaca e a paralisia, por exemplo. Entenda melhor a doença.

O que é difteria?

De acordo com o Dr. Pedro Cavalcante, pediatra, a difteria é uma doença toxi-infecciosa aguda e imunoprevenível causada por uma bactéria que coloniza as amígdalas, faringe, laringe, nariz e, ocasionalmente, outras mucosas e a pele. “A transmissão é feita por contato com gotículas do trato respiratório ou contato direto com as lesões”, explica o médico. Assim, seu principal transmissor é o próprio doente ou o portador (pessoa que carrega a bactéria no corpo, mas não apresenta sintomas).

Quais são os sintomas?

Confira os principais sintomas da difteria:

  • Queda do estado geral de saúde
  • Palidez
  • Indisposição
  • Dor de garganta
  • Febre não muito alta.
  • Placa branco-acinzentada nas amígdalas, que se extende a outras partes da garganta

Além disso, em casos mais graves, pode causar aumento dos gânglios cervicais (conhecido popularmente como ínguas) e até fechamento da via aérea. 

Como diagnosticar?

Ainda segundo o especialista, o diagnóstico de difteria é estabelecido pelo quadro clínico do paciente. “O médico nota a presença da pseudomembrana em pacientes com queixa de dor de garganta e febre, e confirma por meio do isolamento e identificação do agente etiológico por meio de exames diretos na nasofaringe, orofaringe ou lesão de pele”, explica.

Como é o tratamento da difteria?

A princípio, a medida mais eficaz para tratar a difteria é a utilização do soro antidiftérico, administrado em um hospital para neutralizar a toxina da bactéria. Além disso, o uso de antibiótico também pode ser considerado como medida auxiliar, bem como outras medidas de suporte dentro da unidade hospitalar. 

Afinal, é possível prevenir?

De acordo com o médico, sim, já que existem diversos tipos de vacina para prevenir a difteria. Dessa forma, no calendário nacional de imunização, está disponível a DTP, indicada para bebês de 2, 4 e 6 meses, além daqueles com idade de 15 meses e de 4 a 6 anos. Ademais, quando adulto, a dT é indicada de 13 e 15 anos, segundo recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria.

“Por se tratar de uma doença grave, é importante manter o calendário vacinal da criança e do adulto sempre atualizado. A vacina é a única forma eficiente de prevenção e está indicada a partir dos 2 meses de vida, com reforços a cada dez anos, inclusive para adolescentes, adultos e idosos”, completa o especialista.

Fonte: Dr. Pedro Cavalcante, especializado em pediatria pelo Instituto da Criança da USP e Médico de família.


Texto:

Fernanda Lima
Jornalista e Subeditora da Vitat. Especialista em saúde

https://vitat.com.br/difteria/


 

Check up infantil: quais são os principais exames e a frequência das consultas?

30 março, 2022

É comum, entre os adultos, se preocupar em realizar anualmente o famoso check up médico. Assim, quando o assunto é prevenir possíveis problemas de saúde, exames como hemograma, colesterol e triglicérides, por exemplo, não podem ficar de fora da lista. Mas você sabia que as crianças também precisam realizar um check up infantil? Saiba quais são os principais exames que os pequenos devem realizar, além da frequência ideal nas consultas com o pediatra, bem como sua importância.

Check up infantil: quais são os principais exames?

De acordo com o Dr. Pedro Cavalcante, pediatra, logo após o nascimento do bebê, ele já realiza a chamada triagem neonatal. Dessa forma, “são realizados os testes do pezinho, orelhinha, linguinha, coraçãozinho e olhinho para identificar diversas doenças”, explica.

A partir de então, é importante as consultas de puericultura, que é uma subespecialidade da pediatria que se preocupa com o acompanhamento integral do processo de desenvolvimento infantil. Até o primeiro ano de vida do bebê, segundo o Ministério da Saúde, são recomendadas consultas mensais com o pediatra.

Depois, as consultas passam a ser bimestrais até a criança completar 2 anos de idade, e semestrais dos 2 a 4 anos. Após os 5 anos, as visitas ao pediatra podem ser anuais. “Porém, caso o pediatra identifique alguma alteração na criança relacionada ao crescimento, desenvolvimento físico, motor, linguagem, afetividade ou aprendizagem, ele poderá solicitar consultas mais frequentes e até mesmo exames específicos”, explica o médico.

Dessa forma, completa o Dr. Pedro, o check up infantil não se trata, especificamente, de exames preventivos, mas sim de consultas com o pediatra para identificar alguma alteração e, assim, avaliar a necessidade de exames complementares. “Assim, evitamos exames desnecessários e traumas futuros nos pequenos pacientes”, explica o Dr. Pedro.

A importância do check up infantil com o pediatra

Ainda de acordo com o especialista, nas consultas de puericultura, o pediatra realizará orientações sobre cuidados, vacinas, alimentação, peso e altura, desenvolvimento e antecedentes familiares. Assim, poderá traçar um plano de cuidado adequado para cada criança. “Sempre que identificar algum fator de risco e/ou alteração, irá solicitar exames”, destaca o médico.

E no caso de crianças obesas ou com comorbidades?

obesidade infantil é diagnosticada durante a consulta de puericultura. “Conseguimos identificar através do gráfico de crescimento e desenvolvimento da Organização Mundial da Saúde. Assim, traçamos uma linha de cuidado com equipe multidisciplinar, envolvendo psicólogo e nutricionista”, explica o médico.

Dessa forma, é possível proporcionar mais saúde e qualidade de vida para a criança. “Alguns exames que podemos solicitar nessas condições são hemograma completo e perfil lipídico para avaliar metabolismo das gorduras no sangue, e buscar causas da obesidade além do excesso de consumo calórico, que podem ser diversas doenças e síndromes levantas em consulta segundo perfil familiar de cada paciente”, explica o médico.

Dessa forma, crianças obesas, com alteração no exame clínico ou de saúde, ou com alguma comorbidade que justifique, podem precisar fazer exames uma vez ao ano. “Mas depende sempre do critério clínico do pediatra que acompanha a criança, sendo sempre importante ter um pediatra de confiança e que conheça a criança e a família”, finaliza o especialista.

Fonte: Dr. Pedro Cavalcante, especializado em pediatria pelo Instituto de Pediatria da USP e Médico de família. É membro da Sociedade Brasileira de Pediatria e da Sociedade Brasileira de Medicina de Familia.


Texto: 

Fernanda Lima
Jornalista e Subeditora da Vitat. Especialista em saúde.

https://vitat.com.br/check-up-infantil/
 

Fimose é normal e protetiva em bebês, mas quando persiste deve ser avaliada.

24 fevereiro, 2022

Quando preciso procurar o médico?

O médico de família Pedro Cavalcante, também especializado em pediatria, diz que todas as crianças devem ser acompanhadas por um pediatra nos primeiros anos de vida, na infância e puberdade —o que facilita a identificação dessa condição e a prevenção das complicações que poderiam atrapalhar a vida sexual plena e satisfatória na idade adulta. Quando esse acompanhamento médico regular não é possível, "o sinal de alerta para pais e cuidadores são inflamações ou infecções recorrentes do prepúcio e das vias urinárias. Diante desses quadros, pais ou cuidadores devem buscar ajuda médica para avaliação da criança, diagnóstico e tratamento da fimose". Os especialistas indicados para essa consulta são o pediatra ou o cirurgião pediátrico, mas a depender da idade do paciente, um urologista também poderá ser procurado.

Veja a reportagem da jornalista Cristina Almeida para o VivaBem-Uol na íntegra clicando AQUI.